— Eles sempre perceberam um comportamento diferente em mim e procuraram entender, e não reprimir ou me impor o que eles achassem que fosse certo.
Ela pesquisou os efeitos dos hormônios usados por transexuais e escolheu o indicado por um médico para não ter prejuízos à saúde. No entanto, ela não revela qual medicamento usa. Na foto ao lado, tirada há cerca de quatro anos, Tereza ainda exibia cabelos longos e "jeito" de menina, mas se considerava "parada no tempo".
A jovem se expõe nas redes sociais porque acredita que pode ajudar as pessoas a lidar com a própria sexualidade.
— É uma coisa muito interna, psicológica, que primeiro você resolve com você, e aí depois você vai conversar com seus pais. E seus passos seguintes dependem totalmente da reação deles. No meu caso, nosso relacionamento é muito aberto e eu tive o apoio deles.
Apesar do estranhamento, a jovem garante que os "amigos verdadeiros" não se afastaram e continuam a tratá-la da mesma forma. Vítima de preconceito constantemente, diz que sabe diferenciar brincadeiras de agressões.
— Tem gente que eu sei que não faz por mal, não é intenção, mas se passa do limite eu peço para não repetir. É que a gente nunca sabe exatamente o que atinge o outro. De resto, eu levo na brincadeira.
E os constrangimentos? Ela lembra que já foi impedida de entrar em um banheiro feminino pelo segurança de um shopping e frequentemente é questionada quando está em uma fila para mulheres. O que fazer nessa hora? "Mostrar a carteira de identidade".
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